Tríduo da Divina Misericórdia - 2º Dia
Dia 14 de Abril
Reflexão
"Assim como na vida de Santa Teresinha,
Jesus pede também à Santa Faustina que se ofereça como vítima pelos pecadores.
É a graça de poder viver aquilo que diz o Apóstolo: Completo em minha carne o
que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja(Cl 1,24; cf.
Flp 1,20; 2Cor 12,10). Na Quinta-feira Santa de 1934, Jesus lhe revela o seu
desejo que se entregue pela conversão dos pecadores. A este desejo Irmã
Faustina respondeu prontamente com um ato de consagração no qual se oferece
voluntariamente pelos pecadores. Desde essa ocasião, os sofrimentos que
oprimiriam a religiosa polonesa foram a prova de que sua oferta fora aceita
pelo Senhor.
Irmã Faustina levava uma vida muito austera,
já antes de entrar no convento. Não perdia nenhuma oportunidade em oferecer
suas penas pela conversão dos pecadores. Nos últimos anos de sua breve vida
aumentaram os seus tormentos interiores e os padecimentos do organismo.
Desenvolve-se uma tuberculose que lhe atacou os pulmões e os intestinos. Muito
fraca, é levada ao convento Jósefów. Segundo um costume da comunidade, pede
perdão às coirmãs pelas faltas cometidas – e afirma que morreria treze dias
depois. Ao Pe. Sopocko diz (26/09): “Perdoe-me, padre, agora estou ocupada no
colóquio com o Pai Celeste. Aquilo que tinha para dizer, já disse”.
No dia da sua morte ela recebe o viático do
Pe. Andrasz. Pede mas logo recusa uma injeção, dizendo: “Deus exige
sacrifício”. Plenamente unida a Deus, na presença da irmã Ligoria, erguendo os
olhos para o céu, Irmã Faustina falece com fama de santidade às 22h45min do dia
5/10/1938, com apenas 33 anos de vida. O seu corpo foi depositado no cemitério
do convento em Cracóvia-Lagiewniki.
A situação na Europa se agravava. Hitler
havia invadido a Áustria (11/03/1938). A Polônia entra num período tempestuoso
quando Berlim e Moscou dividiram o seu território (22/09/1939). Irmã Faustina
rezava pela Polônia. Em setembro de 1938, a jardineira irmã Klemensa foi
visitá-la no hospital. Faustina estava reduzida a pele e ossos. Klemensa lhe
perguntou: “O senhor Jesus te disse se haverá guerra?”. – “Haverá guerra”,
respondeu ela. E depois acrescentou: “...A guerra durará muito tempo, haverá
muitas desgraças. Sofrimentos terríveis cairão sobre as pessoas” (in Bergadano,
Elena, Faustina Kowalska. Mensageira da Divina Misericórdia, Paulinas, S.
Paulo, 2006,p. 81).
Há inúmeros relatos de graças alcançadas por
sua intercessão a partir da morte da Ir. Faustina. Um deles se refere a um fato
ocorrido durante a II Guerra, assinado por Miquelina Niewiadomska em Varsóvia,
ano de 1946:
“Como mensageira do exército clandestino da
Polônia, levava um dia um maço de jornais e documentos importantes da imprensa
subterrânea, num cesto vulgar, aberto, de modo a não chamar a atenção. Numa
paragem, o tranvia [transporte] foi abordado pela polícia da Gestapo, que
começou a inspecionar os passageiros. Antes que eu desse conta, estava a meu
lado. Apanhada de improviso, sabia que não tinha maneira de escapar e deitei o
cesto no chão. O que estava dentro caiu, com o livrinho intitulado ‘Jesus, eu
confio em Vós’ por cima de tudo. Um dos policiais baixou-se para o apanhar e em
voz baixa segredou-me: ‘E eu também confio n’Ele’, e, voltando-se, permitiu que
eu apanhasse os papéis” (in Andrasz-Sopocko, A misericórdia de Deus. A única
esperança da humanidade, 2ª ed., Tipografia Porto Médico L.da, Porto, 1956, pp.
88s).
O processo informativo para a canonização da
Irmã Faustina se iniciou em 1965. O Cardeal Karol Wojtyla o encerra com uma
sessão solene no dia 20/09/1967. Anos depois (1978) Karol Wojtyla se tornaria o
Papa João Paulo II, e por suas mãos Irmã Faustina seria beatificada (1993) e
canonizada (2000), tornado-se assim a primeira santa canonizada no III Milênio
cristão. O milagre que permitiu a sua canonização foi a cura do Pe. Romualdo P.
Pytel que sofria de “estenose aórtica predominante, calcificada e localizada na
bicúspide, com insuficiência aórtica associada, e descompensação cardíaca
esquerda” (in Laria, Raffaele, Santa Faustina e a Divina Misericórdia, Paulus,
Apelação, 2004, p. 84). A data de sua celebração litúrgica é o dia 5 de
outubro, que marca seu nascimento para o céu."
Caro devoto e apóstolo de Jesus
Misericordioso: Se você deseja conhecer mais sobre a vida desta grande cristã,
adquira o Diário de Santa Faustina e a biografia escrita por Sophia Michalenko,
intitulada: Misericórdia – Minha Missão, através do Apostolado : Divina
Misericórdia
2º Dia do Tríduo
"Hoje traze-Me as almas que veneram e
glorificam de maneira especial a minha Misericórdia e mergulha-as na minha
Misericórdia. Estas almas foram as que mais sofreram por causa da minha Paixão
e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do meu
Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na vida futura.
Nenhuma delas irá ao fogo do Inferno; defenderei cada uma delas de maneira
especial na hora da morte.
Misericordiosíssimo Jesus, cujo Coração é o
próprio amor, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas que honram
a glorificam de maneira especial a grandeza da vossa Misericórdia. Estas almas
tornadas poderosas pela força do próprio Deus, avançam entre penas e
adversidades, confiando na vossa Misericórdia. Estas almas estão unidas com
Jesus e carregam sobre os seus ombros a humanidade toda. Elas não serão
julgadas severamente, mas a vossa Misericórdia as envolverá no momento da
morte.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as
almas que glorificam e honram o vosso maior atributo, isto é, a vossa
inescrutável Misericórdia; elas estão encerradas no Coração compassivo de
Jesus. Estas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos estão cheias de obras de
misericórdia; suas almas repletas de alegria cantam um hino de misericórdia ao
Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a vossa Misericórdia segundo a
esperança e confiança que em Vós colocaram. Que se cumpra nelas a promessa de
Jesus, que disse: "As almas que veneram a minha insondável Misericórdia,
Eu mesmo as defenderei durante a vida, especialmente na hora da morte, como
minha glória." Amém."
Reza-se
o Terço da Misericórdia :
No início: Pai-Nosso, Ave-Maria, Creio
Nas contas do Pai-Nosso, reza-se:
Eterno
Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo
Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo
inteiro.
Nas contas das Ave-Marias, reza-se:
Pela
Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Ao final do terço, reza-se:
Deus
Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.
(3
vezes)
Fonte: PASCOM
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